Os Maias
são uma antiga família nobre e muito abastada. Quando abrimos o romance, dela só
subsistem o jovem Carlos da Maia, o protagonista, e seu avô, que viviam em
Resende, na Quinta de Santa Olávia, e que se vão mudar para Lisboa após a
formatura de Carlos em medicina e uma sua viagem pela Europa.
A seguir, faz-se uma retrospectiva da família
(analepse) que começa nos anos revolucionários das décadas de vinte e trinta do
séc. XIX (avós e pais de Carlos) e vem depois até à actualidade, em 1875. Esta
retrospectiva ocupa os dois capítulos iniciais.
Depois, acompanhamos a vida de Carlos em Lisboa, onde
vive com o avô. Seguimos-lhe a diletante vida profissional, os amores,
vemo-lo nos serões no Ramalhete (residência dos Maias), nos encontros de
café, nas visitas a casa de amigos, nas idas a Sintra, nas corridas de cavalos, no teatro... Carlos acabará por se amantizar com uma mulher luxuosamente
vestida e notável figura que então aparece em Lisboa. Vem-se a descobrir que é uma
sua irmã que se julgava ter morrido.
A libertinagem do neto provocará a morte do avô,
Afonso da Maia. Carlos, com o seu amigo inseparável Ega, instalam-se num viver
de celibatários inúteis e vencidos e rodeados dum conforto que a sua situação
económica lhes proporciona.
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